Resenha - Wildlike


Wildlike
Ano: 2014
Diretor/Roteirista: Frank Hall Green




Eu acho que vocês estão sabendo que eu me desafiei a assistir 100 filmes esse ano. O desafio não está indo muito bem, mas pelo menos eu já assisti muito mais filmes do que estou acostumada  e isso é o que importa pra mim, eu conseguir superar meus limites. E agora eu estou tentando fazer as resenhas dos filmes que eu assisti. 

Essa semana eu e o Netflix ficamos muito unidos haha, eu achei esse filme Wildlike e resolvi assisti.



O filme conta a história de Mackenzie, uma adolescente que é enviada pela sua mãe para passar o verão no Alasca com o seu tio. Durante as férias o tio de Mackenzie percebe que sua pequena sobrinha já está com corpo de mulher e começa a abusar da menina.

Cansada dos abusos constantes ela foge da casa do tio e nessa fuga ela passar por muitas aventuras, muitos contratempos e conhece um viajante com quem ela acaba criando um elo de amizade e dividindo segredos.

Wildlike é um filme com um tema pesado, mas que não soube muito bem abordar o tema. Eu senti o tempo todo que estava faltando algo no filme, não sei se foi porque a história parecia um pouco absurda, infelizmente não a parte do abuso, mas sim a parte em que uma menina de 14 anos fica viajando sozinha pelo Alasca.



O que mais me chamou atenção no filme foi forma que eles abordaram o abuso da Mackenzie, me achem estranha, mas eu acho importante que as crianças saibam que esse tipo de coisa é errada e que devem contar para alguém o que está acontecendo e esse filme mostra como a culpa pode afetar uma criança que sofre abuso. Outra coisa importante foi mostrar que o abuso foi feito por alguém da família, alguém muito próximo, não sei se vocês sabem, mas os índices de ocorrência desse tipo de crime é em sua maioria realizado por pessoas próximas e parentes então fica aí o alerta.

O tio da Mackenzie a achou atraente e resolveu que iria pegar o que queria e pronto. Ele não usou a força física e sim a psicológica. Ela não gritou e o tempo todo eu queria que ela gritasse, chutasse e etc., mas depois eu entendi o que ela já tinha entendido naquele momento, que não adiantava fazer nada disso, pois ele era maior que ela e ela estava em um país estranho, em uma casa estranha e totalmente sozinha.

Eu acredito que na cabeça da menina de alguma forma ela estava fazendo algo errado, que aquilo era culpa dela. "Por que você deitou na minha cama?" ela pergunta uma vez para o seu tio, ela não entende, mas sabe que é errado. Que saber o pior de tudo? Ele ainda usa o fator psicológico para fazê-la acreditar que aquilo foi um ato bilateral, como se os dois tivessem escolhido que acontecesse e não que ele, um adulto, tivesse feito a escolha pelos dois. "Você não pode contar para ninguém o que nós fizemos". Não existe um nós, existe uma menina confusa e um adulto doente.

Quando ela decide fugir, tudo o que ela tem são poucos dólares e a vontade de voltar para casa. Ela passa por muitas situações difíceis até que acaba encontrando um companheiro de viagem, que além de dividir a dor da sua perda, lhe mostra que nem todos os homens são ruins como seu tio e que nem todos vão querer o mesmo que ele. 



Apesar de achar muito maluca a ideia de uma adolescente viajar pelo Alasca praticamente sozinha eu gostei de acompanhar essa aventura da Mackenzie, onde ela pôde conhecer pessoas bacanas que a ajudaram sem pedir nada em troca, pessoas que perderam muita coisa na vida e que mesmo assim conseguiram seguir em frente. E o mais importante é que ela fez uma amizade verdadeira com um homem que assim como ela estava perdido.

O final do filme é bem alternativo, fica em aberto o que vai acontecer e resta a você imaginar. Eu não gosto disso nem quando é em um livro então imagina em um filme. Eu gosto de ter certeza do que vai acontecer, pois eu posso imaginar mil cenários, mas prefiro quando não preciso fazer isso e o autor/diretor/roteirista faz o final e eu posso simplesmente aproveitar isso.

11 comentários

  1. Oi Ana,
    achei a temática do filme muito forte e muito válida.
    Mas acho que eu não teria estômago pra assistir, odeio ver estupros
    mesmo que em filmes e ainda mais de crianças.
    Sou mãe e ao ver uma coisa assim, não consigo não pensar na minha filha, por isso prefiro me poupar a essas situações. beijos.

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  2. Oi Kris, o filme não mostra nenhuma cena do ato em si apenas no faz entender que é isso que está acontecendo. Eu também não teria estômago para ver.

    Beijos.

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  3. Cara, não conhecia o filme, mas a temática é das que gosto, e a abordagem, segundo seu texto, também. Obrigada pela apresentação, lendo seu texto já fiquei angustiada, imagine com o filme. Vou ver ao filme com toda certeza!

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  4. Lilian, espero que você goste do filme. É um tema pesado, mas acredito que de alguma forma o diretor/roteirista tinha uma mensagem a passar com ele.

    Beijos.

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  5. Oieee!!
    N conhecia o filme, na verdade sou q nem vc, n sou d assistir filmes, ia penas num desafio desses hahahahah!
    MAs q legal q ta conseguindo assistir, pelo menos mais q antes!!
    Bjos!!
    Aline Praça
    www.leituravipblog.com

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  6. Oláá
    Não conhecia o filme mas fiquei curiosa, o enredo é ótimo e gostei muito das fotos, espero poder assistir em breve e tirar minhas próprias conclusões.

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  7. Oiee

    Até curto assistir alguns filmes de vez em quando as a grande maioria mesmo é quando o filme é baseado em algum livro fora isso é dificil assistir alguma coisa, não sei se iria assistir esse mas espero que sua maratona de filmes inclua filmes melhores rsrs

    Beijos

    www.livrosechocolatequente.com.br

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  8. Oi Ana.
    Nossa to precisando criar coragem e assumir um desafio desses porque eu raramente assisto filmes, e 100 em um ano seria uma verdadeira virória.
    Sim, widlike tem um assunto bem denso, mas se foi bem aproveitado, vale à pena.
    Eu até gosto desse finais interativos, mas o enredo precisa oferecer base pra isso.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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  9. Oi! Eu gostei da ideia do desafio, estou vendo menos filmes do que gostaria e seria ótimo eu aderir, mas falando do filme em questão, no momento eu não assistiria, embora ache o tema muito relevante, só que estou querendo histórias mais leves.

    Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  10. Oie, tudo bom?
    Preciso de uma maratona de filmes, pois tem tempo que não assisto a nenhum.
    Esse filme fala de um assunto pesado, mas acho que pensaria a mesma coisa que você sobre a protagonista fugir sozinha sendo tão nova.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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  11. Olá!
    Achei bem legal essa sua maratona de filmes *-* Esse filme é bem pesado pelo visto, mas não tive vontade de ver haha
    Beijos, Nathália

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