[Lançamentos] Editora Companhia das Letras - Janeiro

Eliza Caine tem 21 anos e acaba de perder o pai. Totalmente sozinha e sem dinheiro suficiente para pagar o aluguel na cidade, ela se depara com o anúncio de um tal H. Bennet. Ele busca uma governanta para se dedicar aos cuidados e à educação das crianças de Gaudlin Hall, uma propriedade no condado de Norfolk – sem, no entanto, mencionar quantas são, quantos anos têm ou dar quaisquer outras explicações. Assim, ela larga o emprego de professora numa escola para meninas e ruma para o interior.

Chegando a Gaudlin Hall, Eliza se surpreende ao encontrar apenas Isabella, uma menina que parece inteligente demais para sua idade, e Eustace, seu adorável irmão de oito anos. Os pais das crianças não estão lá. Não se veem criados. Ela logo constata que não há nenhum outro adulto na propriedade, e a identidade de H. Bennet permanece um mistério.

A governanta recém-contratada busca informações com as pessoas do vilarejo, mas
todos a evitam. Nesse meio tempo, fica intrigada com janelas que se fecham sem
explicação, cortinas que se movem sozinhas e ventos desproporcionais soprando pela
propriedade. E então coisas realmente assustadoras começam a acontecer… 



A partir do gesto que uma mulher faz a seu professor de natação quando sai da piscina, a personagem Agnes surge na mente de um autor chamado Kundera. Como a Emma de Flaubert ou a Anna de Tolstoi, a Agnes de Kundera se torna objeto de fascínio e de uma busca insondável. Ao imaginar o cotidiano dessa personagem, o narrador-autor dá corpo a um romance em sete partes, que intercala as histórias de Agnes, seu marido Paul e sua irmã Laura com uma narrativa retirada da história da literatura: a relação de Goethe e Bettina von Arnim. 









Namorados de adolescência, Josef e Irena passam vinte anos longe de sua terra natal, ele vivendo na Dinamarca, ela em Paris. Irena reencontra Josef por acaso no aeroporto de Paris. Os dois decidem retornar a Praga, reerguida segundo as regras capitalistas depois da queda dos regimes comunistas do Leste Europeu, em 1989. Em comum, eles têm uma história de exílio e um sentimento profundamente nostálgico em relação à paisagem tcheca. Reviver essa relação de amor significa refazer todo o percurso da separação.












Em Liège, cidade belga onde Simenon nasceu, Maigret observa à distância dois garotos acusados de assassinar um estrangeiro rico. Quando a amizade entre os suspeitos é posta à prova, diferenças saltam à vista e ajudam o comissário a desvendar o enigma. 









Aos doze anos, Aharon Kleinfeld, segundo filho de uma família de refugiados judaico-polonesa, é a cabeça de seu grupo de amigos em um bairro de Jerusalém, Beit-haKerem. Com sua portentosa imaginação, vive criando jogos e aventuras, mas, quando seus amigos começam a amadurecer, o corpo de Aharon se nega a crescer por três longos anos, e às vésperas de seu bar mitsvá ele é o mais baixo da turma. Enquanto se debate com as pulsões de uma sexualidade juvenil tão poderosa, entre 1965 e 1967 ele escuta e observa a realidade cotidiana do entorno, que com as peripécias da história vai se enchendo de feiura, violência e morte.

Os canhões da Guerra de Seis Dias ressoam ao longe, mas Aharon já não os ouve mais. Rejeita a ideia de viver conforme a gramática que dita aos homens como deve ser a vida e se refugia na sua “gramática interior”, protegido desse mundo adulto que ele julga tão ameaçador. Aharon se sente perdido quando Guidon, seu melhor amigo, e Yaeli, a menina de quem ele gosta, abandonam seu universo imaginativo para se comprometer com os jovens do movimento sionista. 



Em suas peças, Arthur Miller tratou dos grandes temas de seu tempo, o século XX, criando histórias sobre o período da Depressão, da Segunda Guerra e da era do macarthismo para os palcos, com uma energia e paixão inéditas, e que se viu repetir poucas vezes depois. Nos contos deste livro ele dirige sua atenção para temas mais íntimos, mas sem nunca perder a extrema clareza, humanidade, empatia e perspicácia de sua obra dramática.










Tony Falcone e Andrée Despierre não se viam desde a infância. Numa noite de setembro, reencontram-se por acaso e tornam-se amantes. Durante onze meses, marcam encontros no “Quarto Azul” de um hotel mantido pela irmã de Tony. No último encontro, porém, o marido de Andrée, Nicolas, é visto caminhando em direção ao hotel. 


Bem naquele dia, ela se declarara, sugerindo que abandonem os casamentos e fiquem juntos. Tony consegue fugir antes de ser flagrado — mas, pouco depois, a morte repentina de Nicolas o deixa em situação complicada. Publicado em 1964, O quarto azul figura entre os célebres “romances duros” de Georges Simenon — aqueles que não trazem o comissário Maigret como protagonista, mas mergulham em atmosferas sombrias e personagens perturbados. 


As cenas de sexo são cruas e completamente desprovidas de eufemismo. Logo nas primeiras páginas, Tony está orgulhoso de ver seu sêmen escorrer da vagina da amante enquanto tenta com um ano aplacar a ferida que ela lhe fez com uma mordida no lábio. O mesmo vale para a violência e os sentimentos dos personagens: tudo no livro é seco e dito da forma mais direta possível. Tony e Andrée caminham por um mundo embrutecido e parecem alheios à culpa, ao pudor, ao arrependimento. Adaptado para o cinema em 2014 — o longa é estrelado pelo francês Mathieu Amalric —, O quarto azul sintetiza os melhores atributos da obra de Simenon e mantém o leitor sem fôlego até a última página. 





Miguel Angel combateu a ditadura uruguaia ao lado dos tupamaros. Como muitos jovens militantes de sua época, ele desapareceu sem deixar vestígios. As repercussões desse episódio se farão sentir por anos a fio, conforme parte da família migra para outros cantos de uma América Latina tomada por governos militares e caudilhos. Neste que é um dos mais belos contos recentes da língua portuguesa, Miguel Del Castillo combina memória e política para investigar os efeitos das grandes tragédias coletivas nas vidas particulares.





4 comentários

  1. John Boyne é sempre uma boa aposta! vale a pena conferir com carinho seus livros
    felicidadeemlivros.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  2. O que fazer quando você tem vontade de ler todos os lançamentos? Sério mesmo, fiquei desejando todos os livros.
    Acho que vou falir. kkkkk

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de janeiro. Você escolhe o livro que quer ganhar!

    ResponderExcluir
  3. Desejando esse livro do Boyne porque amo tudo o que ele escreve. Esse livro parece incrível.

    ResponderExcluir
  4. Acho que vou pirar com tanto lançamentoo kk e todos bons,a campanhia das letras tb esta arrasando nos lançamentos A casa assombrada deve ser de arrepiar haha bjos.

    ResponderExcluir