Resenha #117 - A lenda do lago dourado

Sinopse:  

       Os Baltimore são uma típica família de uma pequena e pacata cidade norte-americana. Tudo muda para eles quando o filho mais velho, David, com 15 anos de idade, passa em primeiro lugar no Concurso nacional de Superinteligentes do Governo Americano. Reconhecido como o novo grande gênio da nação, ele é contratado pelo governo para uma carreira de cientista. Mas, em sua primeira missão, envolve-se em um misterioso acidente que o deixa entre a vida e a morte. Srta. Marshall, agente do governo, responsável pela missão, sente-se culpada pela tragédia. Max, o irmão mais novo de David, com a ajuda da Srta. Marshal, começa a investigar secretamente as circunstâncias daquele trágico e enigmático acontecimento. Na procura por respostas, eles se envolvem em aventuras perigosas, eletrizantes, e acabam descobrindo que, por trás de fatos aparentemente sem ligação, há uma trama cruel em curso. Como pano de fundo, ainda temos uma misteriosa lenda envolvendo um lago conhecido como Lago Dourado, que vai eleger nada menos do que o próprio Max para uma missão vital ao lhe transmitir o Poder da Luz: localizar e destruir o Agente Negro, que é o mentor intelectual desse complô maligno que está pronto para eclodir.

Resenha:

         Com um enredo bem entrelaçado e original, A lenda do lago dourado chama atenção pelo ritmo leve (sim, em alguns momentos isso se torna chato. Essa grande estória merecia mais ação). O livro conta a aventura da família Baltimore, que começa quando o filho mais velho David é indicado para um programa para superdotados do governo americano. Ele faz os testes que comprovariam sua aptidão para o programa, e os resultados são surpreendentes. Isso se torna o pontapé inicial de uma jornada bem complicada para ele e sua família.
       E se uma primeira impressão aponta David como o protagonista, Max Batilmore, o irmão do meio, aparece e rouba o show no decorrer da leitura. Max é extremamente sábio para sua idade, e carrega em si uma grande missão de vida: ele é um dos enviados do Poder da Luz para combater o Agente Negro que pretende assumir um grande poder e assim, dominar a sociedade.
      Todo esse esquema Luz-Trevas tem uma vibe bem Star Wars, mas funciona de uma maneira mais simples (e menos sci-fi) Os agentes da luz são pessoas agraciadas com grande inteligência, sabedoria e perspicácia. O pessoal do lado negro é representado por pessoas com bastante carisma, que é apenas uma fachada para sua personalidade sombria. O último Agente Negro foi Hitler (muito boa a ligação que o autor fez com a realidade. Deixou o enredo mais verossímil).
       De resto, há de ser elogiado o papel dos outros personagens na estória. Todos são bastante presentes na leitura, o que dá uma vaga impressão de que não há protagonistas. Apenas vaga, pois como foi dito anteriormente, os flashs apontam para Max. Até o presidente dos EUA entra na brincadeira e aparece em uma cena, após ser mantido um grande mistério sobre sua pessoa (que fique claro, esse é um presidente fictício. Não é o Obama).

"Dessa história toda aprendi uma grande lição: não existe força ou energia mais poderosa na natureza do que o amor."
(Página 175)