Resenha: A mentira

 

    

      Olive é a típica aluna transparente: não é popular, não chama atenção para si, e nem tem intenção de mudar as coisas. Mas em um certo fim de semana, sua melhor amiga Rhiannon a chama para acampar, ela inventa que tem um encontro para poder recusar sem magoar a amiga. A mentira vai um pouco longe, de modo que Olive chega a afirmar que perdeu a virgindade com o cara imaginário. Marianne, a crente e extremamente julgadora de comportamentos da escola, acaba ouvindo tudo. E o que era uma conversa a duas, se torna cochico na escola.

          Mas a questão toda se torna séria quando a protagonista finge transar com o melhor amigo gay em solidariedade, e para esconder seu segredo. Outro garoto com problemas parecidos descobre da farsa, e pede ajuda também. E outro garoto descobre. E outro. E outro. E assim Olive se torna a vadia da escola, porque suas mentiras se tornam uma grande e desenfreada bola de neve.

         Comovida e disposta a ajudar, Olive é bastante flexível com a situação toda, até que percebe que não a levam mais sério. Que, enquanto ela fingia sair com garotos, nenhum realmente se interessa em realmente a chamar para sair. Então, tentando consertar o problema que criou para si mesma, ela percebe que ninguém se interessa em retribuir a ajuda que um dia ela ofereceu. E cabe a ela desfazer a bagunça. 

          

              Olive é muito complacente, muito "boazinha", e isso irrita bastante. Mas a virada que ela dá na segunda parte do filme muda a imagem meio patética que é criada dela até então. Emma Roberts é responsável por 90% da graça de Oliver, e os outros 10% vêm das piadas e tiradas cômicas do roteiro. Os pais dela também roubam a cena com seu jeito excêntrico e liberal.