Menina Morta-Viva
Autora: Elizabeth Scott
Editora: Underworld Ltda
Número de Páginas: 172
Era uma vez, eu era uma menininha que desapareceu.
Era uma vez, o meu nome não era Alice.
Era uma vez, eu não sabia como tinha sorte.
Quando Alice tinha dez anos, Ray levou-a de sua família, seus amigos, de sua vida.
Ela aprendeu a desistir de todo poder para suportar toda a dor.
Ela esperou que o pesadelo acabasse.
Alice agora tem quinze e Ray ainda a mantem com ele, mas ele fala mais e mais da sua morte.
Ele não sabe que isso é o que ela anseia.
Ela não sabe que ele tem algo mais assustador do que a morte em mente para ela.
Esta é a história de Alice.
É uma que você nunca ouviu falar, e que você nunca, jamais esquecerá.
Resenha: Eu realmente sou uma garota cheia de esperança.
Não sei descrever neste momento o que eu senti ao terminar de
ler este livro. Na verdade eu não sei descrever o que eu senti enquanto eu lia o
livro. Que tipo de pessoa escreve um livro deste e que tipo de pessoa lê um
livro deste?
Eu me impressiono muito fácil, acho que é isso.
Afinal isso acontece né? Fatos como esses acontecem o tempo
todo, infelizmente, e o que podemos fazer?
Esse livro é como um soco no estômago nos mostrando o que
acontece na sociedade. Acho que nunca me senti tão impotente na minha vida.
Sabe a sensação de querer colocar todas as crianças do mundo ao redor de seus
braços e proteger de tudo?
Este livro conta a história de Alice, a garota morta-viva, ela ia completar 10 anos
quando foi sequestrada por Ray (chamado por mim de O Monstro). Alice foi
forçada a viver com o Ray por longos 5 anos e agora tudo o que ela quer é
morrer. Ela espera ansiosamente por isso, como se isso fosse libertá-la. E eu
sinceramente não posso julgá-la por isso.
Durante o livro eu
entendi um pouco a mente dela, o fato dela acreditar em tudo o que o Ray diz,
porque ela só tinha 9 anos quando foi sequestrada e uma menina de 9 anos que
passa por isso querendo ou não acaba tendo 9 anos para sempre.
A única vez que
eu a julguei foi quando ela resolveu achar alguém para ocupar o seu lugar, como
alguém que está sofrendo quer colocar outra pessoa para passar por aquilo? Só
que mais uma vez eu não posso julgá-la, porque quando se passa pelo horror,
saber que alguém vai viver aquilo e não mais você, acredito que realmente se
possa sentir um certo alivio. É macabro, eu sei, mas sinto que é a verdade. É o
lado animal, o lado sobrevivente falando.
Não sei bem como descrever este livro, ele é assustador,
medonho, real, triste e sofrido.
A autora teve o bom senso de não descrever detalhes das
coisas que o Ray fazia, mas mesmo do modo mais sucinto eu sentia na alma o que
acontecia, e rezava para que ninguém no mundo passasse por isso.
O fim do livro foi surpreendente, pelo menos pra mim, porque
como eu disse no começo eu sou uma pessoa que vive tendo esperança, então
imaginei tudo diferente.
Fiquei triste com o fim.
Eu não chorei o livro todo, fiquei horrorizada, mas não
chorei até o fim do livro. No final foi como se tudo me pegasse de jeito e eu
precisasse lavar minha alma com lágrimas.
Não me lembro de ter lido outra resenha desse livro e a sua resenha me surpreendeu, realmente me instigou, vou procura-lo e ler e tirar minhas próprias conclusões
ResponderExcluirBeijokas, Brubs
Livros de Cabeceira
@IWannaRuffles
Que capa sinistra é essa? Com um ursinho e esse título aí? Assustador!
ResponderExcluirAcho que não estaria preparada psicologicamente para ler o livro nesse momento. Pra falar a verdade, tenho receios de livros assim. Sou meia medrosa, rsrs. Mas parece ser bem bacana.
Beijos.
http://umajovemleitora.blogspot.com.br