Resenha #26 - O Diário do Caçador

O Diário do Caçador 
Autor:Ulisses Aguiar
Editora: Novo Século - Novos Talentos da Literatura Brasileira
Número de Páginas: 215

Sinopse: Se for verdade que os melhores segredos se guardam por si mesmos, seria razoável pensar que existem, apenas, nos limites entre a realidade e a ficção. Silenciar o pensamento para melhor ouvir; fechar os olhos para enxergar; questionar para afirmar. Estes são os instrumentos do sábio que se atreve a desvendar as fronteiras de sua imaginação e de sua consciência, embora ciente de que jamais poderá encontrar algo que não existe; tal a beleza dos infinitos mares da mente. Percorrendo os quatro cantos do mundo, O Diário do Caçador remonta a uma tradição secular, pela qual homens e mulheres de notável saber transmitiam seus conhecimentos em manuscritos feitos a pena, inseridos em discretos cadernos de couro: os Diários. Este diário irá convidá-lo a desafiar limites e fronteiras em uma busca pelo papel fundamental que o ser humano desempenha para consigo mesmo, para com seu próximo e para com o planeta como um todo.

Resenha:  Assim que peguei o livro para ler imagina que o livro fosse história de navegantes e por meio de diários eles passavam a relatar os acontecimentos e dificuldades encontradas ao logo da jornada. Porém,me bastou virar poucas páginas para perceber meu engano. O livro nos traz a história que ocorreu uma Grande Catastrófe no mundo deixando grandes parcelas de terra inabitavéis e a terra começa a dar indícios de equilíbrio em meados do ano 2070 e nesse mesmo período surgem os chamados 'Talhados' em que estes se dividem em três grandes e significados grupos. Sendo o 'Talhados do Manto' pessoas que tem cárater,boas atitudes e um coração limpo, 'Talhados da Perdição' pessoas que tiveram seu cárater corrompido e por fim e não menos importante os 'Adormecidos'que corresponde as crianças. Então,ao longo do livro nos deparamos com capítulos curtinhos,em diferentes espaços e períodos temporais, que nos mostram situações de Talhados do Manto lutando contra os Talhados da Perdição ou  crianças sendo levadas para poderem descobrir e aprimorar o seu dom. Além disso,percebemos que o dom de cada um não é único,outras pessoas também podem ter o mesmo dom,como por exemplo,dom da cura, do cartográfo ou da caça e que para você primeiramente precisa ser aprendiz,depois mestre para por fim,atingir o grande mestre.
Achei bem bacana as mini-histórias de cada capítulo retratando as pessoas agraciadas,mesmo que com um dom tão grande,não o usam só para si,pensam nos outros,em fazer o possível para ajudá-los,demostrando cumplicidade,autruísmo e humildade. Com isso,pude fazer reflexões sobre a obra,como no caso de atitudes como estas que citei,embora possam parecer ''pequenas'',mas que fazem toda a diferença e isso,atualmente, está muito em falta. Em minhas reflexões fiz questionamentos 'Estou eu desempenhando meu papel perante ao outro como gostaria?'Estou eu ajudando como gostaria?','Como posso contribuir mais?'