Entrevista - Geyme Lechner Mannes


LL&A - Uma palavra que a defina.
Geyme Lechner – Aventureira.

LL&A - Você sempre sonhou em ser escritora ou foi mero acaso?
Geyme Lechner – “Ser escritora” foi quase um acidente, rsr Eu escrevo desde muito jovem, mas nunca sonhei em me tornar uma escritora. Estudei muitos cursos, em muitos lugares, sempre pulando de galho em galho, sem terminar os cursos que começava, sem me encontrar (profissionalmente falando). Terminei meu primeiro livro quando vivia na Argentina (por “entretenimento”), mas só quando vim para a Alemanha é que me dediquei totalmente à literatura. Desde então, escrevi mais dois livros, tenho uma editora na Áustria, e ganhei o Apoio à tradução (ao alemão) da BN. Só agora, escrevendo o quarto livro, começo a me considerar uma “escritora”, ainda sabendo que o caminho pela frente é grande e nada fácil...

LL&A - Como surgiu a ideia do livro ‘Mal Intencionados?
Geyme Lechner - Escrever um livro é um processo meio louco, a gente começa (ou tenta) escrever sobre algo e de repente, a historia vai tomando vida, é como se ela já existisse... O título “Mal Intencionados” foi escolhido só no final, pois desde o começo eu não tinha ideia sobre o tipo de “coelho sairia da minha cartola”. O tema do fanatismo religioso, a obsessão de uma menina por um homem muito mais velho, a pederastia, o complexo de Édipo... Eram temas, circunstâncias e patologias que combinavam tanto com os personagens quanto com o ambiente que criei desde o início da obra (ali, não havia espaço para personagens bonitos, bem sucedidos, ninguém para amar ou admirar). Eu não sabia que a trama tomaria essas proporções quando comecei a escrevê-la, mas sabia que criaria situações que acontecem em todas “piores famílias” (e olha que a sociedade está cheia delas...).

LL&A - Você já tem algum projeto futuro, está escrevendo outro livro ou pensando na ideia? Se sim, pode nos contar um pouquinho sobre ele?
Geyme Lechner – Eu acabei de escrever meu terceiro livro: “Diário de um amoral”, mas ele ainda está em revisão, na editora (dessa vez, alemã), com a previsão de publicação em E-Book para final desse ano. Ao contrário dos meus dois primeiro livros (que são “tensos”), “Diário de um amoral” é uma espécie de sátira, um livro bem humorado que descreve a “autobiografia” de um ex-jogador de futebol, bem sucedido no esporte e ao mesmo tempo azarado, odiado por todas as mulheres com quem convive. Esse livro é um pouco do que vi no exterior (países, culturas, idiomas), mas contado de outra forma, (risos).

LL&A - Você se inspira em algum escritor ou escritora?
Geyme Lechner – No meu primeiro livro eu me inspirei no Sidney Sheldon, que até então, era o “cara” para mim. Mas já com o segundo e o terceiro não tive inspirações de ninguém em especial, ou talvez, tenha me inspirado em todos e em tudo que li... Não sei, acredito que um escritor se inspira em outro quando ainda está engatinhando, mas logo, seu próprio estilo toma vida (um estilo que ele nem sabe que existe dentro de si!).

LL&A -  Deixe sua mensagem para os leitores do blog ‘Livros, Leituras & Afins’.
Geyme Lechner – Desejo aos leitores do “Livros, Leituras & Afins”, muitos bons livros e leituras! Que a fomentação da leitura propague e se multiplique! Deixo um beijo grande para todos, e um maior para você, Louise, com os votos de muito sucesso e boas parcerias para o seu blog! É sempre um prazer estar aqui!

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