Resenha[Filme]: Chicago

     

      Chicago é considerado um clássico dos musicais, e não é por menos. A aventura de Roxie Hart na prisão, onde encontra a diva Welma Kelly, vivida esplendidamente por Catherine Zeta-Jones, é um espetáculo bonito de se ver. Com danças sensuais e músicas poderosas (a grande exemplo, o Cell Block Tango), elas tornam a prisão bem mais glamurosa e charmosa.

         A produção monta a estória de Roxie (Renée Zellweger), uma garota que sonha em ser vedete, mas está presa em um casamento infeliz com Amos, um homem ingênuo, que faz tudo por ela. Em uma noite, ela se encontra com o amante, que admite estar iludindo-a a dez anos com a ideia de apresentá-la a um produtor famoso e ajudá-la realizar seu sonho. Contrariada, ela pega uma arma e atira nele. 

      A vida de Roxie muda quando ela vai para a prisão. No bloco em que a colocaram há somente mulheres em casos parecidos com o dela, ou seja, mataram seus maridos. Lá ela descobre também Billy Flinn, um grande advogado, a grande esperança para a sua saída. Mas Flinn não é bom porque sabe defender bem, e sim porque torna o julgamento um grande espetáculo de sensacionalismo.

          O filme é uma grande metáfora ao mundo capitalista, que é movido pelo interesse e pelo apego às sensações. O recorte que fazem do jornalismo pode ser encarado como uma bela crítica ao andamento atual da profissão. Ou seja, além de divertido, o filme também é profundamente ideológico.