Resenha #244 - Uma Janela Fechada

Oi leitores, tudo bem como vocês? Espero que sim.

Uma Janela Fechada

Autora: Ignez Scotti

Editora: APED

Número de Páginas: 200

Em Uma Janela Fechada vamos conhecer o casal Nino e Lisa e suas respectivas famílias. Em uma viagem eles sofrem um acidente e neste acidente Nino fica em uma cadeira de rodas. Enquanto toda a família de Nino e sua noiva tentam animá-lo e fazer com que ele veja que sua situação não é necessariamente para a vida toda, ele se torna um homem amargurado e que trata todos com muito desprezo.

Nino esconde um segredo e por muito tempo eu fiquei me perguntando o que ele escondia, fiquei bem atenta as suas atitudes no decorrer da história e eu acabei descobrindo o segredo, mas o motivo que o levou a guardar esse segredo eu confesso que me surpreendeu.

Lisa é uma garota meiga e que tinha tudo para me conquistar, mas que conseguiu fazer exatamente o contrário durante o livro. Logo depois do acidente ela já demonstrou que iria ser uma personagem que eu não eu ia conseguir me simpatizar. 

Quando eu começo a ler um livro eu sempre espero que este livro me encante e que eu tenha um monte de coisas maravilhosas para falar sobre ele, e quando isso não acontece totalmente eu sempre fico com um pouco de medo de escrever a resenha. Talvez, por isso, eu tenha demorado um pouco mais para fazer esta. Uma Janela Fechada tem uma história muito bem escrita, Ignez Scotti é uma escritora muito talentosa, muito atenta aos detalhes e eu espero ler seus próximos livros, mas infelizmente eu não consegui gostar totalmente de Uma Janela Fechada. 

Contudo isso é uma coisa bem pessoal, eu não consegui me conectar com os personagens principais Nino e Lisa, pois na minha opinião nenhum deles era inocente. Não tive simpatia por nenhum dos dois. Lisa e Nino cada um de sua maneira fizeram as coisas da maneira errada e o que eu aprendi com eles é o que eu não devo fazer na minha própria vida.

Lisa parece ser sincera no seu desejo de ver seu noivo recuperado, mas também não deixa de dar liberdade para um certo médico que aparece na história. Nino usa o seu estado de saúde como desculpa para ser grosso com todos que estão ao seu redor e vive amargurado pelos cantos, o que parece é que ele não quer ser feliz e também não quer que ninguém mais seja feliz. 

Eu compreendi cada atitude de Nino e de Lisa, suas motivações, mas não aceitei. Se existe duas coisas que me deixam louca da vida é traição e triângulos amorosos. Vocês podem achar que é frescura, mas eu não consigo lidar com esse tipo de coisa. Eu acredito que se um relacionamento não está indo bem você tem que terminar, que se você está em um relacionamento com alguém e começa a se interessar por outra pessoa então você tem que terminar, que se você só está em um relacionamento unicamente por pena, então meu amigo, você tem que terminar. Pode até ser que eu viva em um mundo de ilusão onde eu espero que as pessoas sejam sempre sinceras em um relacionamento, mas eu prefiro acreditar nisso do que viver mentindo. E mesmo que livros sejam feito de pura ficção eu vou buscar as mesmas regras da "vida real" nos personagens. 

Compensando os personagens principais e um outro que eu considero como um intruso, eu amei os personagens secundários, a família de Nino é tão unida e divertida, mesmo nos momentos mais difíceis eles encontram uma maneira de permanecerem juntos. A família de Nina também é uma família muito unida e amorosa. E preciso dizer que tive um carinho especial pela mãe e a avó do Nino, duas fofas <3

Relendo a minha resenha eu percebi que falei muito mais ainda assim deixei muito da história no "escuro", mas essa é uma daquelas histórias que se você entra muito em detalhes acaba contando todos os segredos do livro e não queremos que isso aconteça.  Não pensem que por eu não ter gostado dos personagens principais eu não vá recomendar o livro, muito pelo contrário, eu recomendo muito a leitura de Uma Janela Fechada, pois acredito que cada um tem uma interpretação diferente sobre a mesma história. E o que importa são as lições que aprendemos, mesmo que seja sobre as coisas que não devemos fazer.