Entrevista com o autor Alex de França Aleluia

Olá leitores, como estão? Espero que estejam bem.

O blog é parceiro do autor Alex de França Aleluia e fizemos uma entrevista para que vocês possa conhecê-lo um pouco mais.




1) Dizem que para ser um bom escritor precisa-se ser um bom leitor, você lia muito na sua infância? 

Olá Ana Caroline, de início quero agradecer pela entrevista e espaço dado a mim e ao meu trabalho. 

Vamos juntos! 

Concordo com a afirmação acima, mas insiro ainda mais uma informação, eu entendo que todos nascemos com um dom dado por Deus, o dom da escrita, da música, da pintura e por aí vai. Claro que só consegue um bom resultado com muito treino, prática, mesmo que se tenha um dom, porque o dom só é liberado quando se pratica. E tenho a convicção que o dom das palavras nasceu comigo e lendo mais e mais, consigo compreender muito mais que uma simples escrita. Consigo compreender a alma humana. Tenho muito a aprender, mas só consigo aprender mais se repassar o que sei. É a órbita da vida! 

Não lia muito em minha infância. Eu gostava de ouvir histórias. Eu escrevia muito na minha infância. Queria ser roteirista de seriados e minisséries e vou te falar, saiu cada coisa (risos). Escrevia de tudo. Tramava um bom enredo com a minha própria família. Cada um era um personagem e como a minha família era grande, conseguia grandes mistérios e conflitos. Por isso, cresci com a escrita. À medida que fui crescendo, familiarizei com os escritores realistas como Machado de Assis e Eça de Queirós. Passei por Camões e ainda Gil Vicente. Gregório de Mattos era o meu preferido em verdades. Então, parti para a Literatura, onde sou professor.


2) Além de escritor você é professor, como você faz para conciliar as duas profissões?

É terrível! Por isso corro para terminar os meus escritos sempre em janeiro ou em julho e férias que é bom, isso não é do meu vocabulário. Então, escrevo sempre nos meses em que estou de férias. E durante todo o resto do ano, leio, porque sou professor de Literatura e sempre releio os clássicos para levar à sala de aula, momentos estrondosos dos livros. 

3) Como professor, quais livros você costuma indicar para os seus alunos?

Eu indico livros clássicos, tendo em vista que os da atualidade eles mesmo já conhecem. Minha função, como professor, é fazê-los conhecer a Literatura e História da escrita para que consigam transitar em escalas sociais diferentes. Ler os mais vendidos hoje, como os Hots não farão isso. A literatura clássica serve para enriquecer o ser humano e ele tem de saber que a escrita era a confirmação da História de uma humanidade. Hoje, a literatura está mais para o lazer. O pensar e refletir são coisas do passado. Estranho, não é mesmo?


4) Você prefere escrever livros educacionais ou literários?

Os dois fazem parte da minha alma. Sempre pensei em ser jornalista para denunciar os desmandos na Educação. Não fui, mas hoje, minha presença na escrita educacional, está bem firme no cenário. Tenho respeito da classe profissional da Educação e o meu objetivo foi alcançado. Quanto aos literários, gosto de escrever transmitindo uma mensagem. Não leio por ler, quero que a história me passe algo de inovador para a minha vida e quando escrevo, quero que meus leitores tenham uma mensagem...



5) Quais sãos suas influências literárias? Quais são os autores que influenciam a sua escrita?

Machado de Assis é o meu grande inspirador... Não sabia disso. Li todos os seus livros. Lembro-me que quando eu fui escrever O ANIVERSÁRIO pedi para uma “incrivilinda” diretora ler, não disse a ela que era meu escrito, ela leu e ao final perguntou “Cadê o resto? Quem é o autor? Machado de Assis?”. Ela conta esta história para todos hoje e eu fiquei muito lisonjeado. Vou mandar um beijo para ela, Diretora Isabel Cristina, amo você! (risos).


6) Como funciona o seu processo criativo? 

Meu processo criativo não difere de muitos da teledramaturgia, vi isso em um curso que fiz com uma autora da Rede Globo. Busco um tema que quero pesquisar e escrever. Depois vou montando a minha “espinha de peixe” e lanço o conflito chave. Após faço a escaleta de Aristóteles e desenvolvo os capítulos. Dá um trabalhão. Mas para mim é mais fácil, fui tentar fazer sem isto e confesso, estou sofrendo mais... Gastando mais tempo e revendo tudo. Sem isso dá se muita incoerência.



7) O que podemos esperar do seu próximo livro Rapunzel e o Reino das Trevas?

Muita aventura e mensagens “maravilindas” para todos. Há um nobre guerreiro, que não é um príncipe, mas com o seu coração puro consegue destruir os corações negros de todo o núcleo principal. O final foi bem diferente do que o esperado e, isso me gerou uma pressão grande em casa, pois meus irmãos e minha mãe leem todos os meus manuscritos, e não queria aquele final. Minha mãe chegou a ficar com raiva de Rapunzel e de mim (risos) mas quando minha Agatha Christie, minha eterna namorada, leu, ela ficou do lado deles... (risos) resultado: mudei!


8) Quais sãos as dificuldades você acha que o autor nacional ainda encontra ao publicar um livro?

Todas as dificuldades em uma carreira normal. Apesar de que no Brasil a grande maioria que lê quer escrever, mas não quer se tornar um grande autor. Pensam que se acontecer, ótimo, mas se não acontecer, continuará com a sua vida. Assim, enchem a visão das editoras e, nesta multidão, não dá para saber quem realmente quer ser escritor. Assim as portas vão se fechando cada vez mais com um filtro sem saber ao certo como é e como serve. Às vezes, a editora dá oportunidade para alguém que escreveu algo do momento e esquecem que amanhã é outro momento. Chego a achar que grandes editoras estão achando que somos descartáveis, assim quando passar o momento há outro “escritor” e param com o anterior. É por isso que os contratos são com obras e não com o autor. 

Tenho muito a aprender na escrita, mas já vi cada história sendo publicada por grandiosas potências literárias que chega a me estarrecer. Mas depois paro e penso, as editoras publicam o que o público quer ler, assim dá para se perceber e analisar a nossa sociedade.


9) Que dicas e conselhos você poderia dar para os escritores iniciantes?

Com as plataformas online, digo, escrevam e escrevam. Mas se não quer seguir a área para valer, não engrenem em publicações de editoras tradicionais. Mas outro conselho que dou e aprendi. Você tem um sonho? Desista e continue desistindo. Quando você perceber que não tem como mais desistir, persista. É o que eu fiz e deu certo!


10) Qual a importância dos blogs literários para os autores nacionais?

Eu chamo os blogs como os meios de comunicação. Ele fala diretamente com públicos que não consigo atingir. Este segundo semestre abri um contato muito grande com este meio e vou investir nisso. Quero mais que parceiros, quero blogs fieis a uma Literatura.


11) Você acredita que o mercado literário digital ajuda os autores nacionais na sua jornada para ter seu trabalho conhecido?

Sim. A distribuição dos arquivos digitais é muito importante. Se você faz uma obra online e o público gosta, ele busca os demais livros. Meu público foi assim!



12) O Aniversário é um livro de suspense e Rapunzel e o Reino das Trevas parece ser uma mistura de suspense com terror, esse é o seu estilo predominante?

Sim. Na verdade é suspense psicológico e mistérios. Quando falo isso é que em todos os meus escritos, há personagens misteriosos que ao longo da trama, o leitor vai descobrindo. Além disso, uso o SER e o PARECER. Vai ficar nítido quando ler O ANIVERSÁRIO, RAPUNZEL, GHEB, DIÁRIO DE UM GAROTO APAIXONADO e o meu próximo O PACTO DOS INTELIGENTES.


13) Seus personagens são totalmente fictícios ou você se inspira em pessoas conhecidas?

Totalmente fictícios. Os conflitos na obra podem ser mitos das pessoas no seu dia a dia. Muita gente vai se reconhecer em algum personagem.


14) Conte sobre seus projetos futuros e próximos lançamentos.

Rapunzel e o Reino das Trevas pela Editora Tribo das Letras e com muita fé O PACTO DOS INTELIGENTES. Esta obra vai realmente tirar o fôlego de todos. 

15) Qual livro você está lendo no momento?

Acabei de ler E NEM SOBROU NENHUM de Agatha Christie. Agora eu vou para BRANCA DE NEVE TEM QUE MORRER... 

16) Que livro que você leu e te marcou tanto que você indica de olhos fechados?

O Pequeno Filósofo de Gabriel Chalita. Este livro é o meu predileto. Realmente marca os nossos corações e nos faz refletir. Gosto de livros assim, que tragam reflexões.

Agradeço a entrevista e foi muito “incrivilhoso” falar do meu mundo para você... Espero que tenham gostado e milhões de sorrisos para vocês do blog!


Então, o que vocês acharam da entrevista?

Se ainda não conhecem o autor eu fiz um post de apresentação e um sobre o seu novo livro:

Apresentação do autor: Clique Aqui

Novo Livro do autor: Clique Aqui

9 comentários

  1. Adorei o cuidado com o post. Ficou incrivilhoso

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  2. Oi, tudo bem?
    Gostei da entrevista!
    Acompanho o autor no facebook e o admiro muito!
    Bjs

    http://a-libri.blogspot.com.br/

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  3. Olaaa
    Não conhecia o autor maa adorei a entrevista e poder saber mais sobre ele.

    Beijos
    Reality of Books

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  4. Oi, Ana!
    Não conhecia o autor, mas já li alguns comentários a respeito de "O Aniversário" e eu achei a capa totalmente fofa <3 Gostei das respostas e das perguntas, ficaram bem bacanas e já fiquei doido para ler o livro desse autor!

    Beijos,
    Luan | http://umgrandevicioliterario.blogspot.com.br/

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  5. Eu tava gostando da entrevista até ele supervalorizar os clássicos e dizer que os livros atuais não conduzem à reflexão. Não sei o que ele andou lendo de atual, mas certamente não foram os mesmos livros que eu li. Depois disso, parei de considerar o que ele falou, de boa.
    Beijinhos!
    Giulia - www.prazermechamolivro.com

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  6. Adoro ler entrevistas com autores porque eles estão sempre nos ensinando coisas novas, mas preciso discordar do Alex assim como a Giulia. Sim, todos devemos ler os clássicos porque, só por terem chegado ao posto de "clássicos" isto já mostra que são muito bons. Mas foi bem lamentável ele valorizar esses tais clássicos em detrimento dos livros atuais. Chega a ser patético: Afinal, o Alex não é nenhum Machado de Assis, certo? Ele está desvalorizando o próprio trabalho! :P
    Aliás, ele ter dito isso só mostra que ele não é um bom leitor. Se fosse, estaria por dentro de todos os livros contemporâneos maravilhosos que temos. Triste!
    Um abraço,
    www.literasutra.com

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  7. Gostei de todos os comentários. Acho que a reflexão é preciso...

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  8. Oie, tudo bom?
    Muito bacana a entrevista porque deu para conhecer um pouco da rotina do autor. Realmente deve ser difícil conciliar as duas profissões. Concordo com ele sobre a quantidade de pessoas no Brasil que gostam de escrever e isso aumenta a quantidade de livros e originais nas editoras.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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