Resenha #185 - O Diário de uma Submissa

Agosto

Obrigatório:

• Ler um livro erótico.

O Diário de uma Submissa

Autora: Sophie Morgan

Editora: Fontanar

Número de Páginas: 216

Sinopse: Jornalista independente, de 30 e poucos anos, Sophie Morgan não tem vergonha de admitir que tem gostos sexuais excêntricos. Entre quatro paredes — mas só entre quatro paredes, que fique claro desde o início —, ela gosta de ser submissa. Desde bem jovem ela passou a notar que pensava bastante em sexo. Também percebeu o quanto algumas experiências inusitadas mexiam com ela de uma maneira profunda. Mas foi só na faculdade que ela começou a viver experiências consideradas fora do padrão e notar o quanto aquilo tudo lhe proporcionava um enorme prazer.

Resenha: Eu não tenho nada contra os romances eróticos, só gosto quando eles são bem escritos e tem uma história de pano de fundo e não somente um monte de cenas “hots” aleatórias que não significam nada no todo.

Comecei a ler O Diário de uma Submissa sem nenhuma grande expectativa, apenas uma curiosidade pelo fato da história ser um relato pessoal.

Sophie Morgan é uma mulher comum, você pode passar por ela na rua e não vai está escrito na sua testa que ela gosta de ser submissa, mas essa é a sua realidade. Sophie sente prazer em praticar a submissão, gosta de amarras, espancamentos, ela curte sadomasoquismo. 

Este livro é um relato de como o BDSM entrou na sua vida. De como apesar de sua vida sexual parecer um pouco estranha ela não deixa de ser uma pessoa normal como qualquer outra pessoa. 

O lado positivo deste livro é que você não vai encontrar apenas sexo em suas páginas, pois a autora faz um relato da sua vida e uma análise das suas experiências, contando tudo cruamente aos seus leitores. 

Para Sophie tudo começou com um tapa, pois ela percebeu que ela gostava de apanhar e com o tempo houve a necessidade de que o tapa fosse mais forte até o tapa não importa tanto e sim a dor causada por esse tapa ganhar a importância ao ato. Diante dos seus gostos diferentes Sophie passou a procurar saber mais sobre isso e percebeu que gostava de ser submissa e passou a se aperfeiçoar nisso.

No livro ela ressalta que ela não pode sair por aí anunciando aos homens que gosta de apanhar, pois fazer isso poderia ser no mínimo estranho. E esse fato demonstra como encontra um dominador (Dom) pode ser difícil, porém quando uma submissa consegue encontra um dominar isso é uma coisa maravilhosa. Ah, uma coisa que também é interessante sobre a Sophie é que apesar dela gostar de ser submissa durante suas relações sexuais ela também faz o sexo baunilha, que é o sexo comum, que é como as pessoas do mundo BDSM costumam chamar o sexo de quem não é praticante.

Como eu disse no inicio da resenha eu comecei a ler este livro sem expectativa, mas infelizmente eu não gostei. Eu não tenho nada contra quem é adepto a este estilo de vida e acredito que cada pessoa deve escolher o que é melhor para a sua vida, mas eu jamais me submeteria às situações descritas pela autora. Eu não consigo ser esse tipo de pessoa e me sentiria fora do molde, da mesma maneira que quem curte isso se sente dentro do molde.

Acredito que quando a autora escreveu esse livro o seu objetivo era demonstrar que as práticas sexuais escolhidas por uma pessoa não a definem como boa ou ruim e eu já acreditava nisso antes de ler o livro e continuo acreditando após a leitura, mas mesmo assim não consegui me conectar com a história e muito menos apreciar.

Espero que as outras pessoas que lerem o livro gostem mais do que eu.