Resenha[Filme]: Teen Spirit

O maior dos clichês de filmes americanos: o velho conflito entre populares e não-populares. Que, eu admito (embaraçadamente, mas admito), são o meu fraco. Esses tipos de filme sempre são leves, adequados para tardes de ócio completo, e ridiculamente divertidos. Mas Teen Spirit, com a tradução bem divertida de "Uma patricinha de outro mundo", é bem mais do que isso.

   Amber Pollock prepara-se para a noite mais importante da sua vida após anos de maldade em prol da sua querida popularidade: o baile do colégio. Mas o carro mal estacionado do seu acompanhante acaba criando um curto na festa, a energia elétrica percorre todo o colégio e acaba concentrando-se totalmente na coroa que ela acabara de ganhar. Em sua absoluta arrogância, ela não percebe o que aconteceu e pega a coroa. A patricinha morre.

   Mas além de perceber que ninguém gostava dela, Amber percebe que seus atos de maldade agora exigem suas consequencias. Para não ir para o inferno, ela recebe uma missão no mínimo irônica: fazer com que a pessoa menos popular seja coroada rainha. Aparece, então, Lisa Sommers. Escondida em camisas quadriculadas e cabelos presos, Lisa agora escuta a loira que antes a ignorava dando-lhe conselhos sobre como se vestir, agir, e ser uma bela bitch e também uma bitch bela. 

Tentando transformar em bitch

 Transformada em bitch

  Já nos últimos minutos do segundo tempo, Amber percebe que não quer para Lisa o que acontecia na sua vida. O  filme teen tem esse diferencial: fala, sim, sobre a importância de dar importância aos que são excluídos. Mas mostra que por trás de uma aparência perfeita podem existir muitos defeitos. E muita solidão.